domingo, 11 de abril de 2010

Lá como cá: a luta dos precários em França


Num total de 3.000 milhões de desempregados em 2009, e de 4 milhões previstos para 2010, 850.000 chegaram ao fim dos subsídios em 2009 e o mesmo acontecerá a mais 1.000.000 em 2010.

Em preparação, uma grande Marcha de 900 kms, entre Marselha e Paris, de 25 de Maio a 14 de Julho de 2010. À chegada, será apresentada às autoridades uma série de exigências mínimas de protecção para os que não aceitam ser «os esquecidos da mundialização económica».

«Os governantes não hesitam em citar alegremente a Convenção universal de direitos do homem para aparecer como “ardentes defensores dos direitos humanos e democráticos”. (…) É inaceitável que a 4ª potência económica mundial irradie os desempregados que deixam de ter direito a subsídio (…), ao mesmo tempo que dá de graça aos banqueiros, principais responsáveis pela banca rota e arquitectos da crise permanente, várias dezenas de milhões».

Todos diferentes, todos iguais - por essa Europa fora.
Joana Lopes, Vias de Facto

5 comentários:

  1. Os desempregados que têm direito ao subsídio de desemprego recusam trabalhar nos postos ocupados pelos imigrantes (fábricas, trabalhos domésticos, oficinas, etc.). Em vez disso vão marchar em vez de procurar emprego para conseguir mais subsídio de desemprego. Os imigrantes suportam um custo com este subsídio de desemprego via impostos. Entretanto, os da marcha vão tocar viola para os bairros sociais enquanto os seus habitantes têm de ter 3 ou 4 empregos para sobreviver. Não deixa de ter piada.

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  2. Para começar, julgo que todas as generalizações são, no mínimo, perigosas, não lhe parece?
    Segundo, quem lhe disse que não há imigrantes nesta marcha?

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  3. Joana, para começar, peço desculpa por não ter tido tempo de comentar caso a caso. Depois, se não for pedir demais, pode indicar onde é que eu disse que não há imigrantes na marcha?

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  4. Não disse, mas distingui-os sempre dos outros, sem que essa diferença estivesse de algum modo em causa. Também eles pagam impostos, quando recebem alguma coisa, claro...

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  5. Claro, era aí que eu queria chegar. Pagam impostos e descontos para a segurança social que servem para o pessoal que pode não trabalhar ir às manifs e às marchas. Pois é. Quanto a distingui-los só posso dizer que considero grande parte desses imigrantes como heróis numa sociedade em que é tão fácil não trabalhar.

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