quinta-feira, 29 de abril de 2010

As faces precárias da precariedade - Ana Maria Duarte

[Dossier Precariedade: Organização conjunta do Le Monde Diplomatique e do MayDay Lisboa 2010]

A flexibilidade aparece, nas últimas décadas, como um dos principais vocábulos e instrumentos de «modernização» das empresas. As apreciações dominantes sobre a evolução do trabalho apresentam-na como a expressão de uma necessidade histórica, capaz, só ela, de libertar o trabalho da «rigidez» que esteve na base da crise do modelo de produção e de consumo taylorista-fordista. O argumento fundamental passa por se afirmar que, nas condições actuais de globalização dos mercados, de acréscimo da competitividade e de desenvolvimento de novas tecnologias da informação e da comunicação, a viabilidade das economias (e das empresas) dependerá da capacidade dos seus agentes para introduzirem agilidade e elasticidade nos processos produtivos, no sistema organizacional e no sistema de emprego, de forma a conseguir-se uma sincronização instantânea da produção e do consumo. A flexibilidade tende, assim, a surgir, para empresários e governantes, como a solução para as dificuldades económicas e sociais com que a maior parte dos países europeus se defronta (quebra de crescimento económico, desemprego maciço, etc.).


Por Ana Maria Duarte

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3 comentários:

  1. Os empresários querem flexibilidade para poderem contratar mais. É difícil compreender que é mais fácil contratar alguém sabendo que não vai ser impossível despedir essa pessoa?

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  2. flexibilidade...duraçao do contrato.
    um pedreiro a exercer trabalho informatico.
    um ciurgiao a exercer carpintaria.
    até aos 25 anos faculdade de ciençias tecnologicas,a partir dos 25 faculdade de medicina.entro no mercado de trabalho
    aos 50 anos...
    emprego me.um ano a trabalhar nas obras,outro ano medico...

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  3. uma duvida....existe faculdade de ciençias patronais?

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