segunda-feira, 19 de abril de 2010

Call Centers: à descoberta da ilha - Jorge da Silva e Fernando Ramalho

[Dossier Precariedade: Organização conjunta do Le Monde Diplomatique e do MayDay Lisboa 2010]

«Bom dia, está a falar com R., tenho o prazer de estar a falar com…? Em que posso ajudar?» Repetir esta frase entre 60 a 80 vezes por dia é apenas uma das tarefas a que milhares de operadores de Call Centers (centros de atendimento e de contacto) se dedicam.

Trata-se de uma realidade comentada por muitos, mas apenas conhecida por aqueles que a experimentam. É um território insular, para onde se vai com o intuito de «passar uns tempos», mas cuja viagem de regresso nunca está marcada. Ilha, não só porque o espaço físico onde se desenrola a actividade de um operador de Call Center tem essa designação, mas também porque se trata de um território isolado, escondido para o exterior.

Após uns anos na faculdade ou a tirar um curso de formação, a necessidade aperta e é preciso dinheiro. Olhar para as ofertas de emprego é pôr uns óculos de lentes afuniladas que muitas vezes nos levam para o desconhecido mundo dos Call Centers.
 
Por JORGE DA SILVA e FERNANDO RAMALHO *
 
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