quarta-feira, 31 de março de 2010

O caso de Serralves na RTP com declarações do FERVE

FUNDAÇÃO DE SERRALVES DESPEDE TRABALHADORES/AS A FALSOS RECIBOS VERDES



A Fundação de Serralves tem um horário de funcionamento.
A Fundação de Serralves tem uma recepção e uma bilheteira.
A Fundação de Serralves tem recepcionistas que asseguram estes serviços, permanentes e imprescindíveis, alguns há mais de cinco anos.
A Fundação de Serralves saberá que deveria ter celebrado contratos de trabalho com estes/as trabalhadores/as, visto tratarem-se de pessoas que utilizam material disponibilizado pela entidade empregadora, visto utilizarem uma farda da instituição, visto estarem inseridos numa equipa, visto terem chefias, visto estarem na dependência económica da entidade que as contrata: tudo critérios que permitem aferir a existência de um contrato de trabalho e não de trabalho independente.
A Fundação de Serralves sabe que estas pessoas são falsos recibos verdes.
No entanto, em vez de regularizar a situação contratual destes/as trabalhadores/as, a Fundação de Serralves optou por 'convidá-los' a constituírem-se como empresa para que pudessem continuar a desempenhar as mesmas funções de sempre. A esta chantagem a Fundação de Serralves chama "apelo ao empreendedorismo".
O FERVE denunciou esta situação publicamente, à Autoridade para as Condições de Trabalho (que efectuou já uma acção inspectiva à Fundação de Serralves) e também junto dos partidos políticos (o que motivou uma pergunta do Bloco de Esquerda ao Ministério da Cultura e uma outra ao Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social).
Agora, a Fundação de Serralves enviou uma carta a todos/as os/as recepcionistas, informando-os/as de que, a partir de 12 de Abril, deixam de trabalhar naquela instituição.
O FERVE e os Precári@s Inflexíveis consideram inenarrável o comportamento que a Fundação de Serralves tem vindo a assumir, alheado do cumprimento da lei, desprovido de moralidade, dignidade e respeito para com as pessoas que, ao longo de anos, trabalharam nesta instituição.
Estamos total e incondicionalmente solidários com estes/as trabalhadores/as e continuaremos a desenvolver acções de solidariedade para com eles/as, que serão comunicadas nos próximos dias. 






Sobre a precária liberdade de expressão - André Pires



O problema da precariedade está intimamente ligado à liberdade de expressão, de opinião, de questionar isto ou aquilo, e uma das classes profissionais que, possivelmente, melhor compreende esta problemática são os jornalistas. Habituados a lidar com todo o tipo de pressões, da "linha editorial", ao condicionalismo de um ou outro poder económico (veja-se o caso da Sonae, detentora do jornal Público), aos assessores da agência de comunicação Y, os jornalistas debatem-se com a questão de se movimentarem num arame preso entre uma suposta "liberdade de imprensa" e todos os condicionalismos decorrentes da sua condição precária.

A Liberdade de Expressão tem estado em destaque nos últimos dias na praça pública sendo, inclusivamente, discutida na Comissão de Ética do Parlamento. A este respeito, o ex-presidente da Comissão da Carteira Profissional de Jornalista, o senhor Eurico Reis, juiz desembargador, defendeu que, de facto, existe liberdade de expressão em Portugal, ressalvando contudo que "quem está a recibos verdes tem um trabalho mal pago e, pior que isso, tem a condição de estagiário", perde a capacidade "de dizer não", "se tiver a barriga vazia e os filhos também, é óbvio que se acomoda a muita coisa" (declarações retiradas do jornal Diário de Notícias do dia 31 de Março de 2010). Seguindo a lógica das declarações de Eurico Reis, parece-me possível concluir que existe uma precária liberdade de expressão em Portugal, assente numa dialéctica sempre presente entre poder económico e vidas precárias, que permite falar de escândalos de corrupção que envolvem altos dignatários do Governo mas que, simultaneamente, impossibilita o debate em torno das condições de trabalho, dos salários mal pagos, da constante e presente condição precária que serve de mordaça, neste caso, à maior parte dos jornalistas portugueses.

terça-feira, 30 de março de 2010

1º de Maio dos trabalhadores que ou não trabalham ou, embora trabalhem, não sabem dizer em que trabalham e então é como se não trabalhassem porque não têm colegas estáveis nem podem lutar pelos seus direitos, ou então, no fundo (e embora trabalhem), são mas é contra o trabalho e a separação a que ele nos sujeita





  1. Aconteceu e acontece (independentemente das habilitações) irmos tendo imensos pequenos trabalhos, coisas dispersas que começam e acabam rápido e no fim recibo verde ou nada: terminologia nenhuma para esta maneira de ganharmos dinheiro para viver para além da expressão “fazer uns biscates de vez em quando”. Nenhumas garantias, segurança social à perna, identidade profissional zero, “percurso individual” instável a impedir uma união de interesses comuns, colegas de trabalho inconstantes, impossibilidade de sindicalização (mesmo que não pretendida), cada trabalho ou oportunidade de trabalho a soar como irrenunciável: balança completamente desequilibrada para o lado do empregador a fazer lembrar os tempos em que se recrutavam homens à jorna, - o patrão é que escolhe, não queres não queres, o problema é teu!..

segunda-feira, 29 de março de 2010

“Português, escritor, 45 anos de idade”

Logo depois da revolução, tinha eu 10 anos, o meu avô paterno levou-me a ver essa peça de Bernardo Santareno. O dramaturgo falava de uma geração destruída pela ditadura, a guerra e a falta de liberdade. Se Bernardo Santareno ressuscitasse, descobriria que há várias gerações dilaceradas pela falta de emprego, pela precariedade e que apenas são livres de se calarem. Uma sociedade mede-se pela capacidade de dar liberdade, dignidade e condições de vida às pessoas. A nossa é uma merda. Alimenta os do costume. Torna cada vez mais ricos os grandes empresários e os banqueiros. Tem políticos que medram alegremente com a corrupção.
A maioria dos portugueses vive mal e tem plena consciência que vai sobreviver muito pior.
A ditadura caiu graças à resistência de muitos que não se vergaram apesar da repressão. O trabalho precário, o desemprego e as desigualdades gritantes só vão acabar se fizermos alguma coisa. Participar no May Day de 2010 é um dos muitos passos que podemos dar. São ainda poucas as pessoas, os sindicatos, as organizações, os partidos, as acções e as ideias para mandar esta sociedade para o lugar histórico dela: o lixo.
Nuno Ramos de Almeida, jornalista e trabalhador precário, 5 Dias

domingo, 28 de março de 2010

Vídeo: Mayday Lisboa vai ao Colombo

Mayday Lisboa vai ao Colombo

O MayDay Lisboa 2010 visitou hoje à tarde o Centro Comercial Colombo, uma das catedrais da precariedade. Fizemo-lo propositadamente ao domingo, porque quisemos denunciar o facto da precariedade não dar descanso às suas vítimas. Estes trabalhadores, sujeitos a um trabalho repetitivo e desgastante, quase sempre com baixos salários e tratados como descartáveis, asseguram um negócio que não admite interrupções e que não reconhece direitos.

Estivemos em contacto directo com os trabalhadores, mas também com os consumidores, porque sabemos que, neste como em qualquer outro centro comercial, nas suas várias lojas, encontram-se pessoas que vivem condições semelhantes. Aqui fica o panfleto que distribuímos.


Mas esta visita foi, acima de tudo, um protesto. Percorremos os corredores, denunciando a precariedade. O grito "precários nos querem, rebeldes nos terão" ecoou nas galerias do Colombo, perante a atenção e surpresa das muitas pessoas que cruzavam os corredores.

sexta-feira, 26 de março de 2010

6ª Assembleia MayDay Lisboa

O MayDay Lisboa está na rua com muita actividade, somos precários e precárias que juntam forças para dar a volta à precariedade!

Junta-te a este combate e aparece na próxima Assembleia MayDay Lisboa 2010:

3ª feira, 30 de Março, 20h45
no SPGL - Rua Fialho d'Almeida nº3, Lisboa

quinta-feira, 25 de março de 2010

PEC: Declaração de Guerra aos Precários

Faixa - PEC

O Mayday Lisboa marcou esta quinta-feira frente ao Ministério do Trabalho e Solidariedade Social a sua posição face ao Programa de Estabilidade e Crescimento. Sabemos que é uma declaração de guerra a todos os que vivem do seu trabalho e, especialmente, aos precários.

Não temos papas na língua: Precários nos querem, Rebeldes nos terão!

O PEC é diferente

O Programa de Estabilidade e Crescimento está na ordem do dia. À primeira vista o PEC parece-nos uma daquelas coisas que os políticos lá discutem e que pouco nos interessam; as negociações sobre se o PSD se abstém ou não e se o governo cai ou fica de lado, não nos deixam perceber bem o que é este documento para que serve e de onde vem.


Mas, infelizmente, o Programa de Estabilidade e Crescimento é bem mais grave para quem trabalha e, especialmente, para quem é precário.

O PEC resume o conjunto das medidas que o Governo Português vai realizar para cumprir o que assinou noutro PEC: o Pacto de Estabilidade e Crescimento. O Pacto foi subscrito pelos países da Europa e as suas consequências são bem visíveis: mesmo em tempo de crise os Governos da UE devem desistir de quaisquer políticas viradas para o emprego e acelerar a desregulação das relações no trabalho e a destruição dos serviços públicos. É mais ou menos uma bomba relógio pronta para detonar quando houvesse a próxima crise e quando ela chegou... BUM!

E esse BUM! é o som das nossas vidas a degradarem-se.

O Governo Português podia ter feito muitas escolhas para que não tivesse de ser assim, mas não o fez e decidiu que quem deveria pagar, com o seu trabalho e diminuição das condições de vida, seriam os de sempre.

A receita é simples:
• Como não há dinheiro para o Estado alimentar tudo, cortamos no que é mais fácil: os salários do pessoal da função pública, dando com isso um sinal de ok a todos os patrões para fazerem o mesmo.
• Depois impõe-se um tecto máximo para os gastos com as prestações sociais, quem ficar de fora fica de fora. Os pobres que se amanhem.
• Aproveita-se o discurso do "a malta não quer é trabalhar" e chantageia-se os desempregados para aceitarem os pouquíssimos (sub)empregos que praí andam, 75% deles precários.
• Ataca-se sem dó os trabalhadores a falsos recibos verdes cobrando-lhes coercivamente uma falsa dívida gigante para que nem se possam mexer.

Com tudo isto, e mais umas privatizações e muita propaganda sobre umas pequenas medidas redistributivas, o valor do nosso trabalho desce, a precariedade acelera e eles lucram. Haverá melhor plano?

Para mim há. Para mim os precários e todos os que trabalham podem mobilizar-se contra este ataque sem tréguas ao valor do nosso trabalho e contra a estabilidade (mínima) nas nossas vidas. O PEC é um documento muito diferente - porque vem da Europa e porque serve para nos roubar o dinheiro, não respondendo à crise - e nós temos de lhe dar uma resposta muito diferente. O Mayday é essa resposta: no seu combate contra a precariedade e pela solidariedade entre todos os que trabalham. Os precários dão a volta à precariedade.

Ricardo Moreira

Manifestação, Interjovem

Contra a precariedade, o desemprego, os baixos salários e em defesa da contratação colectiva, o sector juvenil da CGTP, a Interjovem, convoca uma manifestação para esta 6ª feira, Dia Nacional da Juventude, 26 de Março, às 15h na Praça do Município em Lisboa.

domingo, 21 de março de 2010

5ª assembleia MayDay Lisboa

Após 4 assembleias e uma tarde de debates, o MayDay Lisboa já acumulou muita reflexão, construindo uma base importante para um percurso que, juntado gentes diversas, dará voz aos precários até ao 1º de Maio.

Segue-se a 5ª assembleia, desta vez a acontecer no C.E.M. (Centro Em Movimento).

4ª feira, 21h,
Rua dos Fanqueiros, nº150, 1º andar
Vamos dar a volta à precariedade!

Aparece!

Precários na crise: Para quê o MayDay ?

O ponto de encontro foi, numa tarde de sábado, na Padaria do Povo, local onde se juntaram dezenas de pessoas que transportam consigo a necessidade de discutir a precariedade, nas suas múltiplas formas, e de pensar em conjunto na urgente resposta e organização do contra-ataque.

O encontro começou com a passagem de 3 filmes que relatavam situações concretas de luta contra a precariedade a nível internacional, seguindo-se alguns filmes e fotografias dos MayDays nacionais.

A discussão foi rica, gerou aprendizagens e carregou baterias para um percurso que pretende juntar pessoas diferentes numa luta comum.

O Mayday está na rua, vamos dar a volta à precariedade!




sexta-feira, 19 de março de 2010

De boa saúde??


Sou um desempregado, igual a tantos outros por esse país fora, fui para a Universidade e complementei-a com formações complementares, sempre convencido que tais decisões me abririam portas para quando saísse da Universidade, tal não aconteceu… as portas não se abriram, e nas raras vezes que abrem mostram um mundo, em que temo colocar os pés, um mundo de precariedade, com poucos ou nulos direitos, de horários intermináveis, ordenados irrisórios e com uma pressão irrespirável.
Existe uma interessante frase de J. Krishnamurti (1895-1986): “Não é sinal de boa saúde estar bem ajustado a uma sociedade profundamente doente”. Julgo que tal frase aplica-se muito bem aos tempos que vivemos actualmente, e é por isso que eu vou ao MayDay, eu não quero ser mais um parafuso duma máquina gasta, enferrujada e a deitar óleo por todo o lado, penso que não se trata de falta de saúde minha, mas de esperança!

Fernando Felizes

Estudo: movimentos de cidadãos na internet

Uma investigadora do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), Inês Pereira, escreveu uma tese de doutoramente acerca do uso da internet por diversos movimentos de cidadãos, em particular de blogs e redes sociais.
O MayDay foi um dos grupos analisados no estudo desta investigadora. Segundo o Público, "o MayDay, um movimento internacional antiprecariedade, encontrou eco nas ruas de Lisboa e do Porto (onde houve manifestações) e na Internet portuguesa, em Maydaylisboa.net". "É fácil perceber as vantagens da Internet: o e-mail é uma forma eficaz e barata de comunicar com milhares de pessoas; a blogosfera e as redes sociais como o Twitter e o Facebook são particularmente talhadas para a disseminação de mensagens".

Notícia do Público aqui.

terça-feira, 16 de março de 2010

Não há stop para a precariedade

A questão deixada por Sam the Kid ao jornalista do Público, "O Snake era negro, rapper, de Chelas. Cria-se um estereótipo. Se fosse branco e usasse gravata, teriam disparado?", acerta no ponto fulcral que se prende com as relações precárias e estereótipadas que muitos jovens dos subúrbios, e não só, atravessam.

A marginalização decorrente do estrato social, económico, cultural e, nos dias que correm, cada vez mais, laboral, é um espelho das próprias relações humanas empurradas por uma precariedade que conduz à desconfiança, ao olhar o outro com medo e suspeita, com uma profunda crença de que existém dois tipos de pessoas. As que não representam qualquer perigo social - que têm empregos, usam gravata, batôn e sapatos engraxados - e todos os outros. Estes outros são cada vez mais jovens e graúdos, homens e mulheres que em comum têm a precariedade das suas vidas, das suas relações laborais, da falta de Direitos. Contudo, são também estes "outros" que nos servem nos supermercados, que nos atendem quando temos dúvidas com o tarifário do telemóvel ou que que nos resolvem problemas nas repartições públicas. É também a estes "outros" que direitos básicos e fundamentais - como o Direito a um emprego digno e não precário, a uma segurança social eficaz, que permita que as pessoas possam recuperar da doença sem que isso implique faltar algo, por mais básico que seja, em casa - são negados.

São esses "outros" que vivem nos centros das cidades, nos meios rurais, nos subúrbios. São esses "outros" que trabalham para nós e a quem continuamos a recusar Direitos. Até quando?
André Pires

segunda-feira, 15 de março de 2010

Primeira iniciativa Mayday 2010

O Mayday 2010 inicia o percurso de iniciativas com um encontro/debate sobre a importância desta intervenção.

Precários na Crise: para quê o Mayday?



Projectaremos filmes sobre as acções e as manifs Mayday nos anos anteriores e ensaiaremos uma reflexão sobre o caminho a seguir este ano. Vamos pensar e organizar a luta contra as vidas que nos querem impor com a recriação de mais um grito que se vai fazer ouvir em 2010.
Mayday, Mayday...

Dá a volta à Precariedade

O encontro será às 16h, na Padaria do Povo (Rua Luís Derouet nº20 - Campo de Ourique).
aqui o mapa e como chegar. Aparece!

sábado, 13 de março de 2010

A precariedade é um mundo

A precariedade foi feita para nos afastar. A precariedade é o que acontece quando nos começamos a afastar uns dos outros. E foi quando nos afastámos, quando começámos a achar que a nossa vida tem de ser vivida em solidão, que condenámos os outros a não contarem connosco. A precariedade é anti natura; porque o natural é sabermos dos outros e querermos participar das suas vidas. A precariedade é a ante câmara do desemprego e o maior precário é aquela que há mais tempo está desempregado. A precariedade é ser pau-para-toda-a-obra, estagiário de arquitectura, bartender num café, help-desk à noite, enviador profissional de currículos S.A.. A precariedade tem um sorriso pronto para todas as ocasiões. A precariedade é ter sempre medo e é viver na incerteza radical. A precariedade é viver com os pais, viver com amigos, viver num T0, alugar um quarto, ficar fora do Porta 65. A precariedade é saber que todos os outros estão no mesmo barco que nós, é perceber que a raiva aos falsos recibos verdes, é entender bem o que se passa na cabeça de que é dispensado e não despedido. A precariedade é o tem-te-não-caias. A precariedade é aquele grito que a gente começa a dar; é o contra ataque de que não nos desviamos; é o chamarmos outros e outras aos berros para bradar: MayDay! MayDay! MayDay!

Ricardo Moreira

quinta-feira, 11 de março de 2010

MayDay Mayday !!

4ª Assembleia MayDay Lisboa 2010

vem pensar e construir este percurso e traz um amigo também

vamos dar voz aos/às Precários/as e dizer NÃO à exploração!


4ª feira, 17 de Março, às 21h

SOLIM - Associação Solidariedade Imigrante

Rua da Madalena, nº8 2ºandar

segunda-feira, 8 de março de 2010

MayDay MayDay !!!

3ª assembleia MayDay Lisboa 2010

vem pensar e construir este percurso e traz um amigo também,

vamos dar voz aos/às Precários/as e dizer NÃO à exploração!

4ª feira, 10 de Março, às 21h
Associação de Residentes de Telheiras
Rua Professor Mário Chico, nº 5


quinta-feira, 4 de março de 2010

Porque vou à assembleia MayDay

Na primeira noite, eles se aproximam e colhem uma flor de nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem, pisam as flores, matam nosso cão.
E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles, entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada.

Vladimir Maiakovski

Para que as gargantas não fiquem silenciadas com os actos sem escrúpulos do patronato neo-liberalista que tudo nos tenta roubar: As conquistas de Abril, em primeira linha, mas tudo o demais: desde a dignidade como trabalhadores até ao mínimo do direito humano. Esta a razão fundamental pelo que participo na assembleia MayDay. Porque, por igual, não tolero a mentira usada pelos patrões para despedir trabalhadores. Porque não tolero o assédio moral, a represália dentro das empresas para silenciar, domar, tornar cada trabalhador num manso cordeirinho. Porque não tolero usar-se a precaridade na vida das pessoas como instrumento de poder. Porque não tolero a cobardia dos partidos ditos de esquerda que, uma vez no poder, pactuam de forma mais vil com o patronato mais cruel. Porque não tolero ver a sociedade e a sua componente de Estado-social - como instrumento da equidade - serem destruídos em prol do capitalismo sem escrúpulos.
Venho ao MayDay para podermos dizer e continuar a dizer o nosso grito de revolta contra a exploração humana!

João Falcão-Machado

segunda-feira, 1 de março de 2010

2ª assembleia MayDay Lisboa 2010

MayDay MayDay !!!

Após a 1ª assembleia, onde dezenas de pessoas discutiram a precariedade nas suas múltiplas formas e pensaram algumas alternativas para lhe fazer frente, divulgamos o alarme para que, também tu, te juntes a este combate!

vem pensar e construir este percurso e traz um amigo também,

vamos dar voz aos/às Precários/as e dizer NÃO à exploração!

4ª feira, 3 de Março, às 21h
Associação de Residentes de Telheiras
Rua Professor Mário Chico, nº 5