terça-feira, 8 de março de 2011

2ª Assembleia MayDay Lisboa 2011

O MayDay Lisboa 2011 já arrancou e começou a reunir forças para um percurso que junta muitas vozes contra a precariedade e que culmina na manifestação de todos os trabalhadores, no 1º de Maio.

Vem pensar e construir este caminho connosco!

2ª Assembleia MayDay Lisboa 2011
5ª Feira :: 10 de Março :: às 21H :: na SOLIM
Rua da Madalena, nº 8

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

MayDay Lisboa 2011



O alarme soou pelo 5º ano consecutivo: MayDay MayDay !!!

Junta-te à 1ª Assembleia do MayDay Lisboa 2011!

Vem pensar e construir este percurso e traz um amigo também, 

vamos dar voz aos Precários e dizer NÃO à exploração!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Parada MayDay Lisboa 2010



Dá a volta à precariedade!
 
Esta foi a frase mote de convocatória do MayDay Lisboa 2010, e foi exactamente para "dar a volta à precariedade" que várias centenas de pessoas juntaram-se no dia 1 de Maio no Largo de Camões, em Lisboa. Este encontro foi o culminar de um percurso que reuniu forças e juntou muitas vozes para gritar bem alto: precários nos querem, rebeldes nos terão! Somos gente, somos precários e precárias, somos vozes inconformadas que recusam a chantagem da crise, do desemprego, do défice e de todas as estatísticas e "ratings" que queiram sobrepor às nossas vidas. Respondemos a todas estas chantagens com o contra-ataque, em defesa dos nossos direitos.

No dia 1 de Maio, juntámo-nos à manifestação e ao combate de todos os trabalhadores e trabalhadoras,  em Lisboa e no Porto, porque sabemos que a precariedade é um plano global e que a resposta precisa de toda a solidariedade possível, percorremos juntos a Almirante Reis, do Martim Moniz à Alameda, integrando o desfile da CGTP. Fomos todos trabalhadores de call-center, intermitentes do espectáculo e do audio-visual, caixas de super-mercado, trabalhadores temporários, contratados a prazo, trabalhadores sexuais, professores e enfermeiros,trabalhadores da função pública,... unidos por uma causa comum: o combate à precariedade.

Ouviu-se bem longe as palavras de ordem da multidão: "precários nos querem, rebeldes nos terão!"; "A precariedade é crime organizado!"; "Não pagamos a crise deles!"; "somos inPECáveis"; ...

Não temos dúvidas, os ecos deste 1º de Maio, far-se-ão sentir durante o ano inteiro, vamos dar a volta à precariedade! O precariado dá luta!

Vê a foto-galeria da parada aqui.

Mayday Porto 2010



sexta-feira, 30 de abril de 2010

Dia 1 de Maio :: 13h :: Largo Camões :: MayDay MayDay !!!

A parada Mayday Lisboa 2010 tem encontro marcado às 13h no Largo Camões onde haverá música, animação e onde podemos fazer um descontraído piquenique antes da caminhada contra a exploração. Teremos alguma comida e bebida, mas podes também trazer a tua marmita para te juntares ao Mayday.

Seguiremos depois pelo Chiado até ao Martim Moniz, onde nos juntaremos à manifestação do Dia do Trabalhador, organizado pela CGTP. Durante o percurso que nos vai levar ao encontro de todos os trabalhadores e trabalhadoras, teremos muitas acções pensadas para locais estratégicos, porque, muito embora existam milhares de precariedades, este ano juntamo-las todas no MayDay para, juntos, lhes dar a volta!

Dia 1 de Maio :: 13h :: Largo Camões
MayDay: dá a volta à precariedade!


Este ano começámos cedo a convocar esta parada de precários/as em Lisboa, e, desde o início de Março e sob o lema “dá a volta à precariedade”, fizemo-nos ouvir com acções inéditas: bloqueámos dezenas de call-centers com centenas de apelos à participação do precariado no MayDay (vídeo aqui), invadimos o Centro Comercial Colombo (vídeo aqui) e os Armazéns dos Chiado (vídeo aqui) - denunciando o trabalho precário, mal pago e sem direito a horas extra ordinárias – e realizámos debates com imigrantes, trabalhadores/as sexuais , gente de bairros sociais e vários movimentos de precários, para pensarmos juntos no contra-ataque a um problema comum: a precariedade.

Trabalhadores/as do sexo apelam à mobilização para o MayDay

"O meu manifesto"

Somos os que não contam para as estatísticas. Os que não recebem subsídios nos quais o governo possa cortar. Os que têm de pagar por si e por quem tiver a 'boa vontade' de os (mal)empregar, se e quando lhes der na veneta. Somos os que não têm férias. Somos os que não têm filhos nem família nem casa nem ficam doentes nem tratam de burocracias nem vão ao banco nem às compras nem andam de transportes nem pagam as contas nem usam os serviços. Somos os que não progridem na carreira. Somos os que não têm carreira. Somos os que nem desempregados são. Somos os tapa-buracos. Somos os trabalhadores de segunda, de terceira, os que não têm classificação, os que não fazem parte nem integram não têm espírito de equipa nem são corpo de coisa alguma. Somos os trabalhadores de segunda, de terceira. Os colaboradores. Os paus para toda a obra.


E se um dia parássemos todos? Que sucederia? E se um dia mostrássemos quem somos?

Amanhã é 1 de Maio, dia do trabalhador. DE TODOS OS TRABALHADORES. Encontramo-nos às 13h00 no Largo Camões. E como somos trabalhadores como todos os outros, as 14h30 vamos integrar a manif da CGTP. Vem mostrar que existes. Não deixes que continuem a convencer-te que não contas.
 
MZ

O verde e a esperança: vivências da crise no Vale do Ave - Virgílio Borges Pereira

[Este é o último texto do ciclo de publicação do Dossier Precariedade, uma organização conjunta do Le Monde Diplomatique e do MayDay Lisboa 2010]

Os números do desemprego, com taxas que em Portugal ultrapassaram já os 10 por cento, e a realidade da precariedade laboral cobrem situações que têm em comum o sofrimento quotidiano e a angústia em relação ao futuro, mas só podem ser bem compreendidos conhecendo vivências locais, contextos profissionais e padrões de desenvolvimento. Na região do Vale do Ave, a incerteza de um desemprego maciço e de longa duração dialoga com uma industrialização difusa e com uma dupla matriz do seu operariado: de base mais rural ou industrial.

Por VIRGÍLIO BORGES PEREIRA *

Manifesto conjunto, MayDay Lisboa e Porto

O QUE É SER PRECÁRIO ?

Ser precário é ser pau para toda a colher.
Ser precário é não poder ter ofício.
Ser precário é eventualmente fazer estágios de profissionalização para animar as estatísticas do governo.
Ser precário é não ter a certeza de arranjar trabalho amanhã.
Ser precário é não ter direito ao subsídio de desemprego, mesmo quando já se trabalhou muito e agora não se tem trabalho.
Ser precário é ser obrigado a fazer descontos mesmo quando não se ganhou dinheiro.
Ser precário é receber um salário de miséria e engrossar o cabedal das empresas de trabalho temporário, muitas delas nas mãos dos boys e dos manda-chuvas dos grandes partidos.
Ser precário é não ser contabilizado nas já extensas listas dos desempregados.
Ser precário é trabalhar sem contrato e poder sempre ser despedido sem justa causa.
Ser precário é estar sistematicamente «à experiência», por muito comprovadamente experiente que se seja.
Ser precário é ser tratado como um profissional liberal quando se vive abaixo de cão.
Ser precário é, quase sempre, não escolher ser precário.
Ser precário é ter um livro de recibos verdes para evitar milagrosamente que os empregadores tenham de assumir qualquer responsabilidade na construção e manutenção da cadeia de produção da riqueza.
Ser precário é não poder ter filhos, porque os patrões não gostam de grávidas, nem de mães competentes, nem de pais demasiado presentes.
Ser precário é ser tratado como gado, mas sem ração assegurada.
Ser precário é tapar os pequenos e os grandes buracos do capitalismo.
Ser precário é não ter a certeza de poder pagar a renda, é ter a certeza de que o dinheiro não dá para todas as facturas.
Ser precário é ter de comer menos e menos vezes por dia, excepto quando a família ou os amigos se compadecem.
Ser precário é engolir a raiva, é chorar às escondidas para não dar nas vistas, é ter medo de ser etiquetado de rebelde, é ter pânico de que esse rótulo motive a perda de um emprego medíocre mas tão difícil de arranjar.
Ser precário é ter vontade de ir para a rua gritar.
Ser precário é ser obrigado a ir para a rua gritar.
Ser precário é decidir ir para a rua gritar.

No dia 1 de Maio.
Com todos os outros companheiros precários que por aí andam escondidos.
Com todos os que, revoltados com a crescente injustiça social e o aumento exponencial das hostes do precariado, se juntam ao desfile do MAY DAY.
Ser precário é, de súbito, ter consciência de que se todos dermos as mãos e batermos os pés, O MUNDO TREME.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

As faces precárias da precariedade - Ana Maria Duarte

[Dossier Precariedade: Organização conjunta do Le Monde Diplomatique e do MayDay Lisboa 2010]

A flexibilidade aparece, nas últimas décadas, como um dos principais vocábulos e instrumentos de «modernização» das empresas. As apreciações dominantes sobre a evolução do trabalho apresentam-na como a expressão de uma necessidade histórica, capaz, só ela, de libertar o trabalho da «rigidez» que esteve na base da crise do modelo de produção e de consumo taylorista-fordista. O argumento fundamental passa por se afirmar que, nas condições actuais de globalização dos mercados, de acréscimo da competitividade e de desenvolvimento de novas tecnologias da informação e da comunicação, a viabilidade das economias (e das empresas) dependerá da capacidade dos seus agentes para introduzirem agilidade e elasticidade nos processos produtivos, no sistema organizacional e no sistema de emprego, de forma a conseguir-se uma sincronização instantânea da produção e do consumo. A flexibilidade tende, assim, a surgir, para empresários e governantes, como a solução para as dificuldades económicas e sociais com que a maior parte dos países europeus se defronta (quebra de crescimento económico, desemprego maciço, etc.).


Por Ana Maria Duarte

Ler Mais >>

Dos livros aos recibos?

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtjNoDVbG_RH2CXdyd2nMPDbA4509esl7LWJVtAp3C00o6lXUoHpHvdHNBdvWxRkV9oXNmzXBtgIROBV7vUoU4gBi6g-p2EERaHjRC2WUd29Zz5GublBGCtAkUwYWMvzi1VcKPt3EK2og/s1600/prof_contratado.jpg

Hoje, quinta-feira, no Jardim do Átrio da entrada da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, às 16 horas, falamos sobre a relação entre a escola e a precariedade.

Será que ter trabalho é uma questão de sorte? Estará a Escola já pensada para que a precariedade seja o futuro de qualquer estudante? Por que é que faz sentido os estudantes estarem no MayDay? Será que temos mesmo que passar dos livros aos recibos?


Conversa à volta da Escola e da Precariedade
Concerto precário com Pedro e Diana!

Aparece e vem dar a volta à precariedade!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Vamos brincar aos jornais - João Pacheco

[Dossier Precariedade: Organização conjunta do Le Monde Diplomatique e do MayDay Lisboa 2010]

Em Portugal, o jornalismo é feito em condições cada vez piores. A pergunta sempre presente – «será que amanhã vou trabalhar?» – faz com que se aprenda a entrevistar a medo, se perca autonomia e se escreva com autocensura.

Por JOÃO PACHECO *

Ler Mais >>

terça-feira, 27 de abril de 2010

O trabalho em centros comerciais - Sofia Alexandra Cruz

[Dossier Precariedade: Organização conjunta do Le Monde Diplomatique e do MayDay Lisboa 2010]


Cada vez mais presentes na paisagem portuguesa, os centros comerciais escondem realidades laborais pouco conhecidas. A precariedade do emprego e do trabalho em sectores como a restauração e o comércio de vestuário é, também ela, uma espécie de franchising da globalização capitalista na sua fase actual.

Por SOFIA ALEXANDRA CRUZ *

segunda-feira, 26 de abril de 2010

10ª Assembleia MayDay Lisboa

O 1º de Maio está à porta, estamos na recta final e caminhamos para a última assembleia MayDay Lisboa 2010! O ponto de encontro, no dia do trabalhador, será no Largo Camões, às 13h, com partida às 14h30 em direcção ao Martim Moniz para nos juntarmos à manifestação da CGTP.

Vem pensar a parada MayDay connosco e junta a tua voz a este combate!

Próxima assembleia MayDay Lisboa:


4ª feira :: 28 de Abril :: às 21h :: na SOLIM
Rua da Madalena :: nº 8 :: 2º andar

Festa/Concentração no Miradouro São Pedro de Alcântara

No dia 24 de Abril, o MayDay organizou uma festa/concentração no Miradouro S. Pedro de Alcântara. Foi mais um ponto de encontro que juntou muita gente diferente, para pensar em conjunto nas respostas e no caminho que percorremos.

Houve um espaço de construção de materiais para levar para a parada, onde podemos, todos e todas, dar o nosso contributo e juntar as nossas reivindicações para a parada MayDay.

Entre a animação, festa, dança, música e poesia, houve também vários testemunhos de precariedade, vozes que não se calarão, gente que não se renderá à chantagem da precariedade e que sairá pra rua no 1º de Maio, ao soar do alarme: MayDay MayDay!!!

Mayday! Mayday! Soámos o alarme: vídeo da visita à FNAC dos Armazéns do Chiado...

onde encontramos livros, discos, computadores, pacotes de massagens A Vida é Bela e muit@s precári@s com contratos a prazo e subcontratados por ETT's a quem entregámos este panfleto e apelámos a participar no MaydayLisboa2010 :: 1ºMaio :: 13h :: Largo Camões.

200 recusas depois, jovem inglesa suicida-se

"Eu já não quero ser mais eu. Não fiquem tristes, a culpa não é vossa, só quero que sejam felizes". Foi esta a mensagem que Vicky Harrison, jovem inglesa de 21 anos, deixou aos pais e ao namorado no dia em que se suicidou.
Formada em som e imagem, Vicky pretendia ser produtora de televisão embora tivesse tentado arranjar trabalho nas mais variadas áreas. Empregada de balcão, de mesa, repositora em cadeias de supermercados, tudo foi tentado pela jovem inglesa que, ao fim de dois anos a tentar arranjar emprego, recebeu mais de 200 recusas.
Os casos como o de Vicky Harrison existem, não são contabilizados nem tão pouco responsabilizados. Como esperar que alguém que ao fim de dois anos e duzentas recusas de emprego continue a tentar?
A precariedade não é impeditiva apenas de uma normal vida em termos económicos. Talvez a pior face desta nova peste do século XXI seja justamente a criação de um desânimo e de uma lógica que, impregnada inconscientemente, nos prende à sempre constante corda bamba de uma vida que é vivida sem ânimo, sem esperança e, inevitavelmente, sem contestação. De facto, a precariedade nas relações laborais é a melhor mordaça que os Estados "não autoritários" possuem ao seu dispor. Que melhor maneira de controlar uma franja da população do que com a sempre invisível, mas tão bem presente, "corda na garganta"?
A precariedade faz mais pelo controlo de um Estado sobre a vida das pessoas que a mais brutal repressão estatal, palpável, visível e passível de ser afrontada. Talvez seja este o "el dorado" que Estados e patronato procuravam desde o fim das ditaduras mais musculadas. 

André Pires

Notícia DN: aqui

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Festa / Concentração :: 24 Abril :: Miradouro S. Pedro de Alcântara


Mayday! Mayday!
Mais uma vez soa o alarme!
O Mayday Lisboa está novamente na rua!

Depois de termos invadido o Colombo em protesto contra a precariedade, juntado tantas caras diferentes para pensar como nos organizamos (aqui) e bloqueado dezenas de call centers com centenas de apelos à participação (aqui), continuamos o caminho de convocação à parada MayDay no 1º de Maio:
 
No próximo dia 24 de Abril, Sábado, das 16-20h no Miradouro São Pedro de Alcântara (Bairro Alto), o MaydayLisboa organiza uma Festa/Concentração para fazer ouvir as vozes da precariedade!
Concertos, dança, música, jogos populares, performances, bancas, workshops, testemunhos de precariedade e de luta... e claro muita animação!
E já que estamos numa de festa, aparece também no Arraial do 25 de Abril no Largo do Carmo, nas noites de 23 e 24 de Abril pois o Mayday vai lá estar presente com uma banca. Temos pins, jornais e muita informação para trocar!

Vem fazer parte desta luta! Querem-nos calados mas não nos rendemos!

Vamos dar a volta à precariedade!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

A ilha vista à distância - Jorge da Silva e Fernando Ramalho

[Dossier Precariedade: Organização conjunta do Le Monde Diplomatique e do MayDay Lisboa 2010]

Um Call Center é um centro de atendimento de chamadas telefónicas (função inbound) e de contactos telefónicos com clientes (função outbound), tendo, nalguns casos, estas duas valências em simultâneo ou, noutros, apenas uma delas. A função inbound inclui a assistência técnica e especializada ou a simples prestação de esclarecimentos sobre produtos e serviços. A função outbound inclui a promoção de produtos e serviços (telemarketing), resposta a solicitações ou problemas colocados por clientes num contacto anterior (call back), realização de inquéritos a clientes, acções de fidelização e retenção de clientes, cobranças, atribuição de prémios a clientes, etc.

por Jorge da Silva e Fernando Ramalho

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Mayday Coimbra debate hoje precariedade




Serão projectados filmes sobre as acções e as manifestações de vários Mayday's nos anos anteriores e ensaiar-se-á uma reflexão sobre o caminho a seguir este ano.

Vamos pensar e organizar a luta contra as vidas que nos querem impor com a recriação de mais um grito que se vai fazer ouvir em 2010.


Mayday, Mayday!!