Somos os que não contam para as estatísticas. Os que não recebem subsídios nos quais o governo possa cortar. Os que têm de pagar por si e por quem tiver a 'boa vontade' de os (mal)empregar, se e quando lhes der na veneta. Somos os que não têm férias. Somos os que não têm filhos nem família nem casa nem ficam doentes nem tratam de burocracias nem vão ao banco nem às compras nem andam de transportes nem pagam as contas nem usam os serviços. Somos os que não progridem na carreira. Somos os que não têm carreira. Somos os que nem desempregados são. Somos os tapa-buracos. Somos os trabalhadores de segunda, de terceira, os que não têm classificação, os que não fazem parte nem integram não têm espírito de equipa nem são corpo de coisa alguma. Somos os trabalhadores de segunda, de terceira. Os colaboradores. Os paus para toda a obra.
E se um dia parássemos todos? Que sucederia? E se um dia mostrássemos quem somos?
Amanhã é 1 de Maio, dia do trabalhador. DE TODOS OS TRABALHADORES. Encontramo-nos às 13h00 no Largo Camões. E como somos trabalhadores como todos os outros, as 14h30 vamos integrar a manif da CGTP. Vem mostrar que existes. Não deixes que continuem a convencer-te que não contas.
MZ
sexta-feira, 30 de abril de 2010
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Estou totalmente a favor! Basta de hipocrisia desta sociedade machista e anti-gay. Para isso adiciono duas medidas importantes:
ResponderEliminar1. Perceber que no sector do sexo felizmente não há desemprego. Enviar para as escolas, profissionais do sexo que possam ajudara os jovens a escolher uma profissão com futuro!
2. Facilitar a imigração de países do terceiro mundo para integrar a profissão de trabalhador do sexo.